17.6.08

Canibalismo na escola

Quem tem filhos sabe como é fácil o pequeno trombar, na creche, com um coleguinha mordedor. Ódio total é o que sentimos quando vamos dar banho no neném e flagramos a marca roxa dos dentinhos alheios. A criança mordedora é o tormento de todo mundo: a professora não pode se distrair 1 minuto, os mordedores têm a incrível capacidade de cravar os dentes no exato momento em que o adulto de plantão vira as costas; os pais das outras crianças querem matar o bebê carnívoro e vê-lo expulso definitivamente para o inferno. E quando é o seu próprio filho o mordedor? Primeiro tem o constrangimento de ser chamado na escola porque o filhote é um canibal, depois ser apontado na reunião de pais como o progenitor do demônio - e ainda é preciso amargar a sensação de impotência total, como explicar a um bebê de um ano e meio que ele pode roer o brinquedo de plástico pra coçar os dentinhos, mas não pode morder o bebê fofinho e gorducho que está bem ali ao lado? Um dos meus filhos foi vítima de um bebê assim, as marcas geralmente apareciam nas costas. As professoras se desdobravam em atenções, ao bebê mordedor, não ao meu filho, na esperança de evitar as ligeiras e quase inevitáveis investidas. A história só parou quando meu menino apreendeu a manter distância do inimigo, ou aprendeu a dar-lhe uns tapas, vá saber, o fato é que as marcas cessaram. Nele, porque o mordedor continuou, por um bom tempo, atacando outros coleguinhas. Agora imaginem o espanto de uma mãe ao buscar o filho de um ano e nove meses na creche e encontrar nada mais, nada menos, do que 52 marcas de mordidas! Vejam as fotos tiradas no dia do evento, sexta passada:

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