25.10.07

Fui para mais uma etapa do caríssimo programa pago pela empresa para me transformar em um “dirigente”, é o que promete a instituição que recebe gordo cachê pelo curso, se bem que para me transformar em dirigente bastava a empresa me dar carta branca para tomar determinadas decisões e me pagar os bônus devidos – com os ônus das decisões já estou treinadíssima a arcar. O módulo agora é o de Gestão de Pessoas, como não sou novata nessa história fui com roupas bem confortáveis, claro está que o grupo de futuros dirigentes terá que participar de pelo menos um desses joguinhos de empresa, ou vamos jogar balão, ou cartas, quem sabe puxar uma corda num cabo de guerra, uma dúzia de engravatados de cada lado. Não deu outra, depois de algumas projeções, das que não precisam ser projetadas pois está tudo impresso na individual apostilinha, e da exibição de um filminho sobre um maestro e sua orquestra, todo curso que aborda liderança há de fazer analogia entre equipes e uma orquestra – creio que nenhum autor dessas apostilas jamais foi conversar com os músicos de uma sinfônica, ou descobririam que é quase unanimidade entre eles a arrogância, a prepotência e o autoritarismo dos maestros – chegou a hora do joguinho. Felizmente nada muito hard, se estivéssemos ao ar livre talvez nos pusessem numa corda bamba entre duas árvores, mas para alívio geral – nessa altura estávamos todos tensos imaginando o que viria a seguir – era preciso apenas responder a um pequeno questionário. Errei de cara a primeira questão, “escreva seu nome no quadrado ao lado”, nem notei que o espaço assinalado era um retângulo e só na questão seguinte me dei conta de que o dito questionário era um apanhado de “pegadinhas”, lição número um: quem é apressadinho e quer se livrar logo das tarefas acaba errando. Daí pra frente foi fácil, não tinha como errar nada, embora uns três ou quatro tenham conseguido errar até a clássica “seu pato botou ovo no vizinho, a quem pertence o ovo?”, esqueceram que pato não bota ovo. As perguntas eram nesse nível todas elas. Acabou a aula de hoje, o saldo do dia foi de pelo menos meio quilo a mais na balança, não há como deixar de mastigar tanta bala e bombom à disposição na sala, e degustar bolos, doces, frutas, refrigerantes, sucos e salgadinhos em dois coffee breaks e ainda encarar um grelhado com fritas na hora do almoço. Como amanhã tem mais, paro por aqui, vou tomar um banho pra relaxar e tentar fazer em casa mesmo o serviço que acabou se acumulando lá no trabalho.

5 comentários:

Anônimo disse...

Bem que passei aqui mais cedo e cadê ela? Já saiu do banho?

Anônimo disse...

Não foi assim tão chato, né Luciana? Deu pra comer bombom fora de hora e sem culpa, tá tudo pago mesmo, tem que aproveitar! rs rs
Que cursinho safado, heim?
Um abraço,
Cláudia.

Anônimo disse...

Rafael, saí do chuveiro e fui trabalhar tiquinho. Já estou parando.

Cláudia, de fato vira um refresco, já que não pago nada, uma pausa na correria do dia-a-dia. Mas fica a sensação do desperdício, da enganação, do tempo perdido. Preferia estar cuidando das minhas orquídeas!
Grande beijo e bom fim de semana!

Anônimo disse...

Boa sorte, "treinanda".

ps: depois junte com o primeiro e publique-os juntos na "coletânea dos melhores da LG".

mlupedrosa disse...

Lu, perguntinha básica: curso de Gestão de Pessoas, tornar-se dirirente, super coffe-break, grelhado com fritas na hora do almoço... tá me cheirando muito familiar... por um acaso este curso é na beira da lagoa dos ingleses, mais especificamente, FDC?
Bjs!