20.11.07

ELA TEM CURVAS!






















Calma, gente, não publiquei as fotos da gostosa aí em cima para atrair a atenção dos que passam eventualmente pelo Verbo, embora suspeite que os acessos, sobretudo os masculinos, possam subir um pouco hoje.

O assunto deste post é sério! rsrsrs

A moça da foto chama-se Crystal, tem 21 aninhos e é modelo desde os 14. Mas revoltou-se contra as regras da indústria da moda, que a obrigavam a torturantes regimes para manter o manequim 38, mesmo com 1m75cm de altura. Desgostosa, a bela – que já pesou 43 quilos, menos que 10 sacos de açúcar! – começou a engordar. Hoje veste manequim 44, pesa bem distribuídos 73 quilos e tem medidas que fariam as tops torcerem o narizinho: 96 cm de busto, 82 cm de cintura e 109 cm de quadril! A título de comparação, a bela das belas, a nossa Gisele, é mais alta e bem mais estreita: 88 cm de busto, 60 cm de cintura e 88 cm de quadril. Pois a fofa Crystal já desfilou para Gaultier, fez campanhas para Doce & Cabana e posou para revistas poderosas, como a Vogue. E agora em dezembro é capa da Elle Itália, país que sempre prezou as farturas das belas mulheres.

É um alívio para todas nós, mortais mulheres comuns, que o padrão de beleza feminina comece a mudar novamente.


19 comentários:

Anônimo disse...

E aí, LG?

Se antes já era seu admirador, agora vou concorrer a presidente do seu "Fã-Clube".

É um alívio também para todos nós, mortais homens comuns, que gostamos de "mulher de verdade" (sem gozação com a Amélie, rs).

Com todo o respeito à turma que cruzou a tênue linha de separação, esse negócio de estética anoréxica só pode ser coisa de viado.

Vou contar mais um causo verídico. Poucos meses atrás fui, pela primeira vez, a um desfile de moda. Evento superlegal, com a assinatura de Gustavo Penna, um dos arquitetos mais badalados de Minas. As meninas eram todas muito bonitas, mas todas iguais: vara-paus longilíneas (pouca bunda), cabelo amarrado prá trás e andar tipo "deixa que eu chuto". Tirando uma neguinha que começou o desfile as demais eram aviões de um mesmo modelo. E mais, apresentavam uma coleção de jóias, bancada pela AngloGold Ashanti.

Cheguei a comentar com meus acompanhantes, um amigo e três gatinhas "normais"; mas falaram que eu devia ser doido. Bom, isto é verdade mesmo, mas no caso descrito só se eu estiver também precisando de óculos...

Em suma e claro como "crystal", nós preferimos as mais recheadinhas, faz uma enquete aí prá você ver...

Anônimo disse...

OPS!!!

Disso eu entendo também!!!

O que faz uma mulher são exatamente as curvas! Tem que ter carne, quem quer apertar osso?

E pode saber que o padrão de beleza está mudando: Jennifer Lopes, Juliana Paes...
Só não vale tacar tanto silicone, reparem que a fofa aí da foto é "natural". Ninguém gosta de apertar borracha também...

Rafael

Anônimo disse...

Ufa!!! Que bom que as "recheadinhas" estão em alta!! rs Pelo menos na visão do RM (me recuso a escrever o nome de verdade!!)
De qualquer forma, eu, mesmo como mulher, também abomino os padrões anoréxicos, garotas esquálidas, com ar de doentes...
Nada como poder viver de bem com o próprio corpo.
Mulheres bem resolvidas nesse sentido tornam-se seguras e atraentes...

Anônimo disse...

Ei "leitora assídua":

1) Geralmente as gatas não são "resolvidas", "seguras" e "atraentes" só para elas mesmas. Experimentem perguntar para os maridões/namorados/amantes?

2) Dese jeito fica parecendo que você gosta mais do "cafajeste" que da "gentileza", como diz nossa super-observadora Anna Rachel. (rs)

Anônimo disse...

RM, uma mulher só poderá ser interessante/atraente pra alguém se antes for pra ela mesma!!
Quanto aos "cafas" rs, vc está enganado, prefiro as gentilezas!!
Não fui bem interpretada...
bjo

Ricardo Soares disse...

Brasileiro, reza a lenda, na sua grande maioria, gosta é de curvas derrapantes. Eu particularmente jamais vi a menor graça em corpo de modelos, famélicas, esguias e desfilando com passinhos decorados. Acho tudo muito "fake"... como diz a geração do meu filho as "gordelícias" tem sua hora e vez\. Não se esqueça que na época de Renoir elas estavam com tudo... bj

Patty Diphusa disse...

Amo essa Crystal...Aqui, no dia-a-dia, essa prisão estética só prevalece na meninada. Infelizmente, aí faz um estrago. A mulher quando está de bem com seu corpo, seja quais forem as medidas, desbanca issso facinho e ganha na sensualidade. Agora, bancar isso lá no meio das esquálidas feras que devem odiar qualquer um que coma mais que dois alfaces com queijo ralado, ah, isso não é fácil não. Porisso aumenta o mérito da garota.
Bjs, adorei passar pelo seu blog.

Anônimo disse...

Olha, gente!
Pode parecer bobagem, mas este post me emocionou.
Vou contar uma história. Sou filha de pais gordos. Eu não disse cheinhos ou gordinhos, nada disso. São gordos. Minha mãe então é obesa. Meu irmão mais velho é gordo também, minha irmã caçula, até os cachorros que tinha lá em casa eram gordos! Na infância eu sentia vergonha da minha família. A gente entrava num restaurante, numa lanchonete, e todo mundo se virava pra ver a família baleia. Baleia, elefanta, anta, bola cheia, barrica, foram alguns dos meus apelidos na escola. Hoje é o dia da consciência negra, tem algum negro aí pra falar sobre o que é sofrer preconceito? Pois já chequei com alguns amigos, sofri mais preconceito por ser gorda e ter família gorda que muito negro por ser negro....
Na adolescência entrei em depressão, parei de comer. Tenho 1,68, pois fiquei com menos de 40 quilos! Meus pais tentavam de tudo, mas eu só agredia, sobretudo a minha mãe. Jogava na cara dela que morria de vergonha de tanta gordura e que EU não ia mais fazer parte daquela família gorda. Fiquei fraca, doente mesmo. Minha mãe já estava desesperada sem saber o que fazer. 20 anos atrás ninguém falava em anorexia, ela não sabia o que eu tinha. Nunca cheguei a provocar vômito mas parei de comer. Um dia minha mãe entrou no quarto e me disse, com a maior sinceridade do mundo: “filha, vamos fazer uma coisa? Eu paro de comer e fico magra como você quer, bem magrinha. Mas você volta a comer, nem que seja um pouquinho. E não precisa ficar gorda como eu.” Eu senti todo o sofrimento que havia nela, morri de vergonha por ter sido tão cruel com ela. Voltei a comer. Nunca mais fui magérrima e também não sou gorda. Eu me cuido e encaro até um biquini, mas sou das recheadas, com muito orgulho! rsrsrs Os homens olham muito mais pra mim hoje.
Minha mãe? Continua imensa de gorda, recebendo a família em almoços maravilhosos cheios de massas, pães e gordura. Na casa dela, caio de bôca na comida, sem a menor culpa! É a mãe mais linda, mais gorda e mais amorosa do mundo! Tomara que minha filha nunca passe pelo que eu passei. E vai depender, muito, também do “padrão de beleza” das revistas. Espero que a Renascença volte, pelo menos pra nós mortais mulheres comuns.
Obrigada pelo texto.

Anônimo disse...

Eu ia fazer um comentário engraçadinho sobre as fotos da moça. Algo sobre o fato dela ser linda e ter 21 aninhos e tal e eu não.
Mas aí comecei a ler o depoimento da Clarice. Eu é que fiquei emocionada.
Clarice, me faz um favor? Dê um beijo imenso, bem gordo, na bochecha da sua mãe!

Beijos

Cláudia

Anônimo disse...

Ei Clarice,

Longe de mim querer te sacanear, mas não posso deixar passarem batidas duas ótimas oportunidades de piada que restaram do seu comment, no mais muito bacana e bem escrito:

1) "Até os cachorros gordos" é impagável. rs

2) Só falta você propor a criação do "Dia Nacional da Consciência Gorda"... rsrsrs



Agora, falando sério - e para a dona do blog. É claro que não tenho a menor competência para avaliar, mas sempre achei irracional, no mínimo esquisito, o tempo que as pessoas, especialmente as mulheres, dedicam a esse assunto de peso, calorias, dietas, etc. Quer me parecer que é uma novidade dos nossos tempos, no passado as mulheres também comiam, creio.

É evidente que os atributos e atrativos femininos (ao menos para os homens) não podem ser reduzidos ao peso; aqui, pelo menos, está 3 a zero para quem é chegado em curvas (assim como as montanhas de Minas). Então tá: é um padrão social imposto, do qual as mulheres são "vítimas". Fosse isto nunca teria ocorrido "queima de sutiãs" e todas as demais
"conquistas" femininas do século passado.

Quero crer (e já começo a me preparar para as bordoadas) que se o Doctor Freud vivesse nos
nossos dias diria que "isto é coisa de mulher". rsrsrs

Anônimo disse...

Puxa....

Minha filha sentou aqui agorinha pra ler o Verbo e os comments (que ela, como eu, também prefere rsrs).
E comentou, logo no segundo ou terceiro comentário feminino: "como este assunto de estética rende, não?"

Realmente (como bem analisou RM), nem sei porque nós, mulheres, nos preocupamos tanto e tanto tempo com essas coisas... De onde vem essa insegurança feminina?

Patty, é mesmo assim tão duro sentar ao lado de uma esquálida? Eu acho muito divertido pedir fritas ao lado da mesa cheia de mocinhas com salada rsrs
Mas claro que dou também meus chiliques, a calça que não cabe, o biquini que encolheu...

Vejo que o sucesso de Crystal (que nome fake, heim?) é, para nós, como uma vingança feminina! Não dá pra ser Gisele, quem sabe Crystal? Pior é que também não dá! rsrsrs Como bem ia dizendo a Cláudia, antes de ler o comentário da sumida Clarice.

Clarice, que bom que as pessoas falam abertamente sobre isso. Que bom que você teve o apoio de uma família amorosa pra vencer o preconceito e pra vencer a adolescência! Eu também ri com o detalhe do cachorro gordo, que aliás mostra como vc consegue manter seu humor, que bom!

Mulheres, seguinte: a homarada de cabelo branco/grisalho, a gente acha "charmoso". Pra nós não serve, é preciso sofrer horas no salão e estragar as madeixas com tinturas e chapinhas. Aos 30 eles já têm barriga e a gente não reclama (ou reclama pouco). Pra nós mesmas, dá-lhe regime de alface e malhação. Nossos parceiros dizem que estamos lindas, mas não acreditamos...
Nós "sofremos" exatamente por causa de quê?

Desconfio que o pior inimigo de uma mulher é ela própria ou outra mulher... Coisa de mulher mesmo.

APPedrosa disse...

O depoimento da Clarice me emocionou. Essa ditadura da balança é cruel até para quem tem dois quilos a mais que a pelo e o osso imagino para quem é gordo mesmo. Bom seria se cada um tratasse da sua vida, né.

mlupedrosa disse...

Ufa! Acho que posso lançar minha carreira, já que carrego gloriosos 105 de bunda... hehehe

mlupedrosa disse...

Ufa! Acho que posso lançar minha carreira, já que carrego gloriosos 105 de bunda... hehehe

Marcos Rocha disse...

Oi, LG:

Por algum motivo (acho que foi a minha ressaca de ontem), passei batido por este post. Excusez-moi!

O que quero constatar é que alguns "comments" valorizam extremamente o post, como foi o caso da Clarice.

Já com relação à ditadura da moda, as gorduchinhas que me perdoem, mas numa passarela ou em ensaios fotográficos que valorizem a sensualidade, magreza no ponto certo (sem anorexia e sem exageros) é fundamental.
Esse quadril aí da Crystal de 109 cm., e a cintura de 80 e tantos, vão me desculpar, é padrão barrica da cachaça ou de vinho...tô fora!

É como diziam os romanos "De gustibus, non..."

MR
21/11 - 12:15

Anônimo disse...

É o seguinte: mulher "táubua" pode procurar o "citatinus romanus" MR. As normais, como diria o grande mestre da dramaturgia brasileira, vão ter que se virar aqui com o modesto RM, que vez ou outra provoca "efeitos bombásticos" nas mulheres... rrsrsrsrs (só rindo mesmo)

Anônimo disse...

Ai, Marcos!

Pegue sua fita métrica, quase todas as brasileiras tem um metro ou mais de quadril... rsrsrs

Cláudia

Ricardo Rayol disse...

ela tem curvas e eu sou equipado com pneus anti-derrapantes.

SM disse...

Pra variar, estou chegando atrasada... Heheheh.
Clarice, nem te conheço (espera aí... conheço ALGUÉM aqui? rs), mas achei muito bacana seu gesto. Difícil alguém expor suas experiências de modo tão... íntimo, diria, hoje em dia, sem temer ser ridicularizado.
O que você disse sobre o preconceito é MUITO verdadeiro! Não são só os negros ou orientais ou homossexuais que sofrem com preconceitos! Os obesos, os magros demais, os que usam óculos, os estrábicos, os que usam prótese, os que são carecas, os que usam peruca, os que são muito altos, os que são baixos demais... Enfim! Preconceito é coisa de gente que não tolera a diferença e isso não é nenhuma novidade.
Enfim, achei muito legal seu comentário e seu desabafo. Especialmente linda a parte em que você descreve o processo (ao menos por cima) de reconhecimento do amor que seus pais lhe dedicavam e que antes você não podia enxergar, cega que estava pela obsessão da "estética perfeita".
Antes seu comentário pudesse ser lido por TODAS as adolescentes (ou não) de hoje... Seria, certamente, de grande valia.

Beijoca especial pra ti!