Pesquisa Inútil

Todos sabemos como a Universidade, aqui e em qualquer parte do mundo, consegue verbas para as mais inúteis pesquisas. São milhares de teses que não vão aparecer nem em notinha de rodapé das publicações sérias, e por isso mesmo – e porque não sou muito séria – decidi prestigiar o incansável trabalho desses incansáveis cientistas. Aprendemos há pouco, não rende referência bibliográfica mas rendeu matéria em tudo o que é mídia, que uma importante pesquisa na Universidade da Pensilvânia revelou o que homens e mulheres de todo o mundo queriam saber há milênios: o tempo ideal da duração do sexo é de 3 a 13 minutos – neguinho roendo a unha procurando uma forma de manter a ereção sem nem imaginar que bastavam 3 minutinhos...

Agora aprendemos mais uma: salto alto é bom para o orgasmo! Alguns fetichistas dirão que não há novidade alguma nisso, mulher de salto agulha na cama é figurinha fácil nos filmes pornôs, nas folinhas dos mecânicos e nos sonhos de muito marmanjo. Mas pela primeira vez houve um estudo profundo sobre o salto alto e o orgasmo, com direito a tabulação de questionários e divulgação de complexas estatísticas que confirmam, de uma vez por todas: salto alto é bom para o orgasmo! O motivo? A urologista da Universidade de Verona, Maria Cerruto, - tinha que ser na Itália! – acompanhou dezenas de mulheres com menos de 50 anos durante dois anos para entender como o salto alto se relaciona com a região pélvica. Maria Cerruto disse que depois de ler um estudo relacionando o salto alto e a esquizofrenia (?!?) decidiu investigar se o salto traz também algum benefício para a saúde. Foram dois anos de pesquisa, financiada pela Universidade, para concluir que as mulheres que usam, como ela, salto com 7 centímetros exercitam os músculos da pélvis e ganham mais elasticidade na vagina. O resultado, garante, são mais e melhores orgasmos. Deve ser por isso que depois de ficar montada dia inteirinho num salto alto só quero saber de ir pra cama...