O assunto de ontem era a origem da palavra gay, Mr Almost deu aqui importantes contribuições para a compreensão da nossa língua pátria. Fiquei pensando de onde tirei o tema, talvez da discussão no Congresso Nacional sobre o projeto que torna crime o preconceito aos homossexuais. Mas como nossa cabeça dá mil voltas e uma coisa leva à outra, o tema pode ter se originado também da discussão sobre a unificação da nossa língua, por aqui perderemos alguns acentos e o trema – de minha parte não vejo problema algum em escrever frequência ou tranquilo. Mas não, creio que o tema surgiu foi da notícia de que Barcelona acolhe, neste momento, a 4ª Conferência Européia de Policiais Gays e Lésbicas, repare que já é a quarta vez que se reúnem! Aqui no Brasil os militares gays sofrem discriminação das feias, um sargento declaradamente gay foi preso durante um programa de televisão, justo quando se declarava, outro sargento de Juiz de Fora (tinha que ser Juiz de Fora!), esse transsexual, sofre punição e aposentadoria compulsória. Pois em Barcelona policiais gays de 14 países europeus se reúnem abertamente e com estardalhaço, com o objetivo de impedir a discriminação na carreira, temem atrasos nas promoções. “Ser minoria é difícil em qualquer situação”, explica o presidente da Associação de Policiais Gays e Lésbicas, a Gaylespol, vejam que bonitinho o nome. Na Espanha, pelo menos, preconceito contra qualquer opção sexual – e reparem que usei a expressão “opção sexual”, gays e lésbicas consideram “orientação sexual” politicamente incorreto – já é crime inafiançável.
23 comentários:
Adorei a aula sobre a palavra gai.
E agora adorei o Gaylespol! O nome é mesmo fantástico!!!
Beijo,
Maíra
LG, precisarei me ausentar por dois ou três dias, nem sei se terei acesso a net...
Deixei um "post pequenino"... (pra variar...rs... que só eu posso entender ou mulheres perspicazes como vc)
bjs
Mara
Olá...
Nunca tive nem aceitaria ter amigos gays e, aliás, em toda a minha vida apenas conheci, por três minutos um sujeito gay: Foi o tempo que lhe foi concedido para pegar as trouxas e se mandar. Claro que em Portugal também há gays, mas não na minha esfera de amigos, de vizinhos, de conhecidos – pelo menos que eu tenha conhecimento. Para quem julgue que esta minha atitude é por si só discriminatória, desde já assevero que não é: Simplesmente não vejo nenhum interesse em criar ou manter amizades com homossexuais e jamais entenderia porque é que um homossexual haveria de ficar melindrado por isso e ainda menos porque quereria ele de ser meu amigo ou que eu fosse amigo dele. Sou extremamente tolerante em relação à existência da homossexualidade, mas não me peçam para dizer que acho isso "bacana".
Pessoalmente, acho a relação mulher / mulher insípida e sem graça, e a relação homem / homem absurda (sinto nojo só de pensar, e entendo que o contacto “sexual” predilecto que os homossexuais trocam entre si não deveria chamar-se “sexo anal”, mas sim “sexo intestinal”, porquanto é nos intestinos que o contacto verdadeiramente se realiza). Todavia, porque cada um é quem é, mais entendo que, como donas das suas vidas, as pessoas têm o direito a ser o que quiserem desde que não prejudiquem outras e que devem lutar pelo reconhecimento dos seus direitos. Obviamente, não acho que devam ser perseguidas ou discriminadas por serem homossexuais, mas também acho que não devam ser consideradas especiais. Como heterossexual que sou identifico-me com os que são também e acho isso normalíssimo, criterioso e correcto.
Reprovo, sim, alguns dos modos como os homossexuais exprimem a luta pelos seus direitos: É o caso das “Paradas gay”, em que eles vêm para as ruas em trajes espalhafatosos, como se fossem palhaços sem circo, ridiculamente encuecados, dançando pateticamente e gritando sons histéricos e fininhos; Isso faz da luta, que deveria ser sóbria, uma manifestação carnavalesca, pouco séria, indigna. E penso que não abona em nada os seus propósitos, porquanto a mensagem que fica é negativa e a imagem que a sociedade (onde eles pretendem ver-se reconhecidos) retém é a de que ser homossexual é igual a ser palhaço irresponsável.
Quanto ao acordo ortográfico, o tema daria um bom post...
Ai, Mr Almost, que preguiça... rs
concordo plenamente, Luciana!
Que preguiça que dá gente que se acha, não é?
Preconceito é algo que chega a dar vontade de vomitar!
Tomara que um dia essa figura aí tenha um filho gay, mas gay até dizer chega!! E que os netos sejam negros.. aí quero ver o rapaz ter um piripaco, mas tendo que engolir todo esse preconceito asqueroso!!!
Muito bacana seu post!
e abaixo o preconceito e os PRECONCEITUOSOS!!!!
Grande abraço.
Adorei o seu blog!
Quero concordar com o brado anônimo, apesar de considerar mais simpático as pessoas se identificarem.
Também não gosto de preconceitos, mas tolero os preconceituosos ou quem diverge da minha opinião.
Proponho outro brado: abaixo o preconceito e a intolerância (de todo tipo).
Ra ra ra ra!
I love this!
Escuta anónimo: Tenho o direito a ser hetero e a dizer do que não gosto, não?
Nem faço "Paradas Hetero", imagina!
Vomita, sim! Já pensou no que falou, digo, vomitou? Sabe, por acaso se sou negro ou não?... Todos os negros são pró-gay porque são negros?...
Para você ser gay é como ser negro? É igual?... Rsss..
Putz! Você é que é preconceituoso, pois, para você, ter netos negros é uma desgraça igual a ser gay.
Travecos, eu hein?
Ah! E é nessas horas que adoro uma musiquinha brega:
http://www.youtube.com/watch?v=qzaQxF6FOW0
Ah (não há uma sem duas!):
Estive a fazer um pequeno estudo ao discurso do anónimo (construção gramatical, uso de maiúsculas e minúsculas, uso de destaques no discurso, vocabulário, cadência, adjectivação, pontuação, enquadramento estético, etc) e agora venho cumprimentá-lo:
Olá, Ana Paula Siqueira. Você ainda não digeriu aquilo lá do Leve & Solto? Menina! Tocou fundo, hein? Pôxa vida! Precisa de ajuda?
Eu não tenho, de fato, resistência e potência argumentativa para polêmicas. Mas acho que a armadilha do discurso é que ao falar dos outros, em qualquer instante, é impressionante como desenhamos a nós mesmos. Como os atos falhos, os silêncios, os adjetivos, as contradições, tudo fica explícito e basta um trabalho moroso, dedicado, para flagrar as nossas fragilidades, alguns medos, alguns temores tão profundos que ficam num ponto de cegueira incrível.
Eu confesso que, apesar de concordar com RM, sobre o direito de todos se manifestarem, penso que pessoas supostamente mais esclarecidas poderiam fazer um esforço de calar algumas horas, de deixar passar, de abrir mão.
Porque a violência contra as diferenças começam assim, e podem acabar fortalecendo pessoas que vão levar a sério aquilo que é apenas nosso direito de escolha, e vão matar os diferentes, vão estuprar os diferentes, vão levar os diferentes para viagens sem volta.
Eu tenho medo do que fazemos quando bradamos muito alto nosso direito de dizer certas coisas.
Será que não temos alguma responsabilidade em agir com mais delicadeza, batalhar mais pelo cuidado com o Outro.
Se somos já feitos de idéias definidas, prontas para serem usadas como armas, para que entramos em foros, sites, blogues.
Será que sendo tão firmes nas nossas posições, estamos de fato sendo fortes e decididos?
E nossos medos? E nossas histórias dolorosas de rejeição?
E quando nos olhamos no espelho, e nos vemos mais velhos, mais gordos, mais cínicos, mais marcados por perdas irreparáveis?
Acho que Sartre disse tudo: Se não tivermos coragem de olharmos nossos monstros, o inferno são os Outros.
Beijos a todos..
Lu,
estava lendo sobre o diretor de Paisagem na Neblina,Angelopoulos, e achei esta frase dele. Pensei em você:
: “Para mim a melancolia fim-de-século é não ter mais a perspectiva histórica, do sonho, não para si, mas para todos que o cercam. O final do século se aproxima e todas as esperanças que nasceram com ele estão sendo varridas. O que os homens tinham como sonhos e ideais ruiu. Hoje em dia ninguém tem nada a oferecer. Há um silêncio melancólico nessa espera de novos sonhos que vão florescer na vida do próximo século”.
Eliana, que dizer, se não o mais profundo e sincero "muito obrigada"?
Por tudo o que foi dito aqui - e alguns se esquecem que amigos não escolhemos, mas conquistamos - prefiro mesmo nem comentar as cenas de "ego explícito" e as demonstrações cegas de intolerância - intolerância que, como você bem ressaltou - quase sempre refletem nossos mais profundos medos - que não queremos ver, preferimos a cegueira.
Nem poderia imaginar que um texto bobinho sobre tema tão banal (ou banalizado) pudesse fazer aflorar a violência.
De minha parte, fico, como desejou a Patty, com o fim de semana gai, ou gay, leia-se alegre, solto e desprendido - que por aqui está de céu azul e ensolarado.
Bom fim de semana a todos, tomara que de abertura de corações e mentes.
Beijos!
Lu, agradeço a Amèlie, que me apresentou o amigo RM, e ao RM, que me apresentou você.
Tenho prazer explícito de dizer que você é certamente uma amiga com quem quero compartilhar a vida.
Por tudo...
Beijos no coração!
Observo que estas minhas afirmações:
1) - “Nunca tive nem aceitaria ter amigos gays;
2) - Em toda a minha vida apenas conheci, por três minutos, um sujeito gay: Foi o tempo que lhe foi concedido para pegar as trouxas e se mandar”,
foram mal interpretadas. Se me permitem uma explicação...
Comecemos pela segunda: Uma noite, já madrugada, livrei um sujeito (que conhecia apenas de vista) de ser espancado na saída de uma boite por um gang de cidade que ele havia provocado. Como não havia já estabelecimentos abertos e o sujeito ficara sob a minha protecção e na minha companhia, convidei-o para uma bebida em minha casa. Chegados lá, o sujeito ficou sentou-se no sofá e eu fui à cozinha preparar as bebidas. Quando eu voltei com a bandeja na mão (trazia as bebidas e uns aperitivos para acompanhar) o sujeito havia desaparecido da sala. Pensei que tivesse ido ao banheiro, mas olhei o corredor e vi que a luz do quarto se encontrava acesa. Fui lá: Havia sapatos e vestuários no chão do quarto, e o sujeito encontrava-se deitado na cama em cuecas de renda. A minha primeira reacção foi de surpresa e de espanto: Não acreditava no que via. Aí, ele começou dizendo que se sentia atraído por mim, que há muito tempo que me tinha debaixo de olho, blá-blá-blá. E eu disse-lhe: “- Tens três minutos para vestir e sair. Se não o fizeres, encho-te o corpo de porrada e vais mesmo nu e a pontapés para o meio da rua”.
E digam-me: Que fariam vocês? RM, você ficaria a beber e a conversar com o moço despido na tua cama? Não?! Pôxa, você é preconceituoso e intolerante, hein? E vocês, Luciana e Eliana, o que fariam numa situação análoga? Deitar-se-iam na cama, tomando chá e bolachas, com a maior das naturalidades? Não?...Ué, por que não?...
A primeira afirmação, por sua vez, começa pela constatação de um facto: Nunca tive amigos gays. Pois se eu nunca conheci sequer qualquer outro gay além do sujeito acima, como é possível que tivesse tido amigos gays? A evidência é tão grande que dispensa qualquer outro comentário, não?...
E “não aceitaria ter amigos gays” por uma questão de identidade. Sou um homem de meia idade, hetero, livre, bem integrado na sociedade, com múltiplas e sadias relações profissionais e de amizade, e vivo numa pequena cidade com cerca de cinco mil habitantes, onde todo o mundo se conhece. Tenho os meus valores, que considero sólidos e equilibrados, e que são aceites com agrado pelas pessoas com quem convivo. Jamais privaria com pessoas que pusessem em causa os meus valores e o equilíbrio da minha vida, que fizessem prejudicar as minhas relações profissionais e as de amizade, ou, dito de outra forma, jamais conviveria com pessoas que afectassem os valores inerentes à minha identidade, aquilo que eu efectivamente sou: falo de pedófilos, de criminosos, de drogados e, obviamente, de gays.
É injusto isso?... Penso que não. Ninguém tem o direito por ser gay (ou outra coisa qualquer que eu não sou) de exigir-me um comportamento que arruíne ou prejudique a minha vida e as relações que estabeleci. Era o que faltava! Não os impeço, claro, de terem amigos, de casarem, de terem emprego, de acederem à Saúde, ao Ensino, à Cultura, à Habitação, etc., e até pugnaria pelo direito de o terem. Mas convenhamos: Essa ideia de que não escolhemos amigos é uma ideia linda para se escrever e, no entanto, tantas vezes impraticável.
Prezado Mr Portuga,
rindo muito de sua verve e habitual bom-humor e, todavia, aliviado por se ter contido em termos civilizados e elegantes. Creio ser o mínimo necessário para o diálogo, mesmo que as partes não concordem nas opiniões.
Mas preciso registrar uma injustiça cometida contra esse que vos fala: não o acusei, em momento algum, de intolerância. Ao contrário, o defendi de um comentário anônimo que considerei intolerante. Que o personificou como preconceituoso por uma opinião emitida, sem sequer se dar ao trabalho de ler com cuidado o que escrevera.
Eu o fiz e entendi sua posição e digo aos demais que é uma posição relativamente comum e, vou além, provavelmenta predominante aqui no Brasil e em outros países, Portugal por suposto.
Mas não tenho a mesma opinião. Como disse, considero que este tema seja de alçada íntima e não pré-julgo quaisquer pessoas, em nenhum aspecto da vida social, por conta de suas preferências sexuais (aí, obviamente, deduzidos os casos em que a lei as enquadre como delito penal).
Repito: me desagradam manifestações de preconceito e, muito mais, de intolerância. Mas, de parte a parte. A forma pela qual certos defensores dos direitos das minorias expressam suas opiniões, também pode ser preconceituosa e intolerante. E, principalmente, pode-se valer de expediente repugnante, que é a utilização da pressão "politicamente correta". Esta, por sua natureza, suprime o diálogo e o debate.
Ah, na sua situação daria, no máximo, um minuto para o caboclo se mancar... rsssssssssssss
Em outras palavras - e para que não seja mais uma vez mal compreendido -, não considero que você tenha uma posição de intolerância; apenas expressa o preconceito que muitos tem e preferem escondê-lo, por conveniência.
Oi, Lu G:
Não imaginei que o seu post tão singelo fosse resultar num outro quebra-pau como esse aqui.
Na minha primeira passada, apenas li e não quis comentar, porque achei que não tinha pontos de vista interessantes sobre tal tema.
Agora, estou surpreso. Acho que os ânimos andam meio exaltados.
Há momentos em que não ter comments, abaixo dos posts, o que acontece com muita freqüência nos meus, não sei explicar por quê, é melhor do que tê-los nessa linha de puxa-e-rasga.
Bom final de semana a todos. E obrigado pela visita ao PG e aos comments que tem deixado lá.
Abraços
M R
5/7 - 23:01
Seja mais específico, decanão Dom Marcos Rocha,
sua opinião tem peso.
Acho que houve por aqui muito bons comentários, excluindo os meus, claro.
Permitiram que se avançasse um pouco num tema bastante polêmico (apesar da intenção inicial da autora) ao invés de ficar na tradicional rasgação de seda, que comumente se lê por aí.
Penso que se surpreendeu a autora, deve ter sido no sentido positivo. E gostaria de ouví-la também a esse respeito.
Por fim, se não se lograr estabelecer uma fórmula na qual as opiniões, livres, se possam entrecruzar; penso que fica muito empobrecida essa ferramenta do blog, essencialmente apropriada ao diálogo.
Caramba, dois dias que me ausento e já acontece tudo isso??? rs
Só posso dizer que acredito que o Almost se enganou com o "anônimo". E não é pq a Ana Paula é minha amiga não. O jeito de escrever é de um outro blogueiro...e não da atacadíssima. Tenho praticamente certeza.
Almost, muitas vezes estou só na observação... e como vc, que um dia inclusive falou da minha acentuação nos "í"s rsrs, também estou sempre de antena alerta!
Quanto ao tema, respeito todas as idéias, mas a minha bandeira é diferente da sua, querido amigo Almost.
Meu preconceito é zero em quase tudo.
Um dia me disseram: "vc não tem preconceito por gays pq não tem um filho ou filha homossexual"...
Mesmo se tivesse, amaria de qq forma, sem questionar a opção de cada um.
Contudo, continuo respeitando quem tenha. Só não aceito que tratem os homossexuais de forma pejorativa etc
RM, concordo como vc. Nós, blogueiros ou não, não deveríamos não opinar... Acho ainda que nesta questão vc falou falou e ficou levemente em cima do muro..rsrs
Também gosto de temas que causam um certo "frisson" (Almost, será que é assim que escreve? rs Se não for, pode corrigir... gosto de aprender sempre! ). Os posts que trazem discussões, desde que com respeito a todos, são os mais interessantes!
bjs
especiais para LG, Eliana, RM, MR, Almost.. e ao anônimo também! (um beijinho pra Maíra que estou conhecendo agora)
Mara
Rsss... Mara,
Eu não tenho preconceito: Cansei de falar isso.
O anónimo?... Era a atacadíssima, sim... Toda a estrutura do comentário e até os lapsos de digitação são os mesmos, se os comparar com os comentários dela no teu blogue.
"Frisson" é um substantivo masculino da língua francesa que significa "arrepio", "calafrio". Creio que provém da junção de dois termos latinos ocorrida no baixo império romano: "frictio" que originou "fricção" e "frigere" que significa "tornar frio".
Você lembra daquela sensação de arrepio frio na pele, que fica tipo de "pele de galinha", quando tem uma emoção súbita ou uma excitação provocada pela surpresa ou pelo medo? Isso é "frisson"!
Almost, chega!!!
Eu só perguntei se escrevi certo!
E afirmo, não foi a Ana Paula.
Só nao posso dizer quem foi...rs
pois a pessoa vai ficar brava comigo...Aliás nem sabe que eu sei quem é!!! rs
Bjs querido
Mara
Desculpe, Maroca,
mas não acho que tenha ficado em cima do muro. Fui explícito e literal ao afirmar que não pré-julgo as pessoas por sua preferência ou orientação sexual. Mas também não me sinto refém da ditadura do politicamente correto. E acho que os métodos usados por muitos dos que defendem os direitos dessa minoria, podem ser também preconceituosos e intolerantes, além de despropositados.
É o que acontece, por exemplo, em relação à tipificação de um crime específico contra homossexuais. Ora, isto sim é discriminatório...
Imagine uma pessoa que se declara heterossexual e pode ser perfeitamente barrada à porta de um estabelecimento comercial, sem que qualquer crime tenha sido cometido por quem barrou. Ora, se a pessoa se declara homossexual estamos diante de um ilícito penal. Não lhe parece absurdo?
Penso de forma similar em relação à chamada "união civil homossexual", embora o tema não tenha vindo à baila.
Repito: o preconceito ofende, a intolerância repugna, mas a ditadura do politicamente correto é burra. Como afirmei anteriormente, interdita o diálogo, faz o contrário de esclarecer.
Pedi um comentário da Luciana G, minha amiga querida, que não o fez. Mas fez nova postagem e, de certo modo, senti-me atendido. Mas vou comentá-la daqui.
Como bem mostrou a Elianinha, o preconceito tem origem no medo. No medo do diferente, do desconhecido e dos perigos que pode representar em relação ao que é conhecido, usual, "normal", igual.
Ninguém tratou da intolerância aqui. Trato eu. A intolerância é o passo seguinte, que pode decorrer de um preconceito estabelecido. Já não é mais inconsciente ou instintiva; representa uma forma deliberada de defesa de determinados valores ou interesses. É em tudo pior que o preconceito, mas depende dele para se justificar.
Agora vamos ao que interessa. O preconceito, aquele medo instintivo e inconsciente é, em geral, produto das trevas da ignorância, do desconhecimento, da insegurança.
O único antídoto conhecido contra o preconceito são as luzes do conhecimento, da razão, da cultura e da educação.
Para mim, interditar o debate, suprimir o diálogo é atuar no sentido oposto ao do conhecimento, da razão, da cultura, da educação e das luzes.
RM, agora sim!!! rs
Também acho que suprimir o diálogo ou interditar o debate não é o mais correto.
Estou sempre pronta a mostrar o que penso, seja com atos ou palavras, porém, continuo afirmando: respeito quem não o faz, seja por medo ou mesmo falta de argumentação.
beijos
Mara
Ahh, já voltei viu! rs
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