3.11.07

A DONA DA VOZ


Acabo de me despedir, pra sempre, da dona de uma das mais belas vozes que conheci. Mulher linda, inteligente, perspicaz, tinha também uma voz única, de timbre grave, ligeiramente rouca e sensual – mas como era uma voz natural e espontânea, sem empostação, por isso mesmo não escondia os tons da alegria. A voz fez história na TV e no rádio, deu cor a centenas de comerciais Brasil afora, foi referência em inúmeros documentários. Rever aquelas pessoas na despedida me fez lembrar que convivíamos com a mulher dona da voz nos anos mais felizes das nossas vidas, época em que trabalho podia significar também diversão, aprendizado, conhecimento e amizade, coisa bem rara hoje em dia.

10 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Luciana!

Nossa, sinto por sua perda, viu?
Realmente em outros tempos (será que é porque éramos jovens?) o trabalho era mais feliz.
Mas o que eu queria dizer mesmo é que achei incrível as mudanças que você fez no blog! Mas confesso que fiquei meio aflita com esse mouse aí em cima... rs rs
Ah! quando eu passar aí em BH aviso sim, aí a gente e o RM se encontra em algum barzinho.

Um abraço, bom fim de semana,
Cláudia

Ricardo Rayol disse...

Não entendi xongas.

Marcos Rocha disse...

Olá, Luciana:

Sua virada foi radical-chique, mesmo!
Cheguei a pensar que tinha errado de blog.
Mas depois que percebi que estava no endereço certo, gostei do resultado.
O novo layout ficou bem legal.
Os relógios que mostram a hora certa em outras partes do mundo talvez sejam dispensáveis embora possam ter algum significado especial, que desconheço.
Sobre a voz de quem você se despediu, fiquei curioso para saber quem era ela. Talvez também a tenha conhecido, já que, supostamente, atuamos em áreas profissionais muito próximas.
Parabéns e abraço do

MR
3/11 - 16:52

Anônimo disse...

Ei minha amiga Luciana. Peço desculpas por usar esse espaço para tema que vai fugir inteiramente ao motivo do post, o que aproveito para me solidarizar com a já boa amiga. Vamos em frente!

Mas é que está ocorrendo "gravíssimo" caso de censura prévia na blogosfera brasileira. Acabo de receber mensagem de amigo que não via há décadas, dando conta de que nosso quase guru Rayol (pelo talento e competência que dispensa ao ofício de blogueiro) está a infringir o inciso quarto do parágrafo segundo do artigo quinto da Constituição Federal (salvo engano), censurando descaradamente seus pobres comentaristas.

Diz o sujeito (que pediu para preservar-lhe a identidade) que teve seus ingênuos comentários adulterados e, o pior, suprimidos, surrupiados, subtraídos, canetados enfim.

Como o blogueiro já se declarou um "sacana democrático", fica a dúvida se é mais sacana que democrático ou mais democrático que sacana... rsrsrs

O Verbo, em defesa da liberdade de imprensa e livre pensamento e expressão, publicaria o comentário integral do pobre comentarista?

PS: o barraco está acontecendo entre dois comentaristas, um tal de Há Nonimôus (também conhecido como Strix) e outro comentarista anônimo (meu amigo).

Anônimo disse...

Ei, gente!!

1 - Oi Cláudia!!! É, parece que a gente que era jovem e por isso feliz, daí o trabalho era, também, mais feliz, né? Mas não creio. Eu era jovem e ralava pra burro, sem a ajuda de papai e mamãe que os jovens de hoje costumam receber. Aos 20 já tinha dois filhos pra criar, aluguel pra pagar e todos os etc. Sem parente algum na cidade pra dar nem ao menos aquela força de "ficar com o bebê" preu ir ao cinema, tomar um chop, nadinha. Era ralação e das brabas. Então, trabalho era "coisa séria", era sobrevivência. Mas, nesse período, tive o privilégio de fazer parte de uma equipe fantástica, num ambiente que era tudo de bom. Ficou pra trás, mas ainda bem que essas lembranças ficarão pra sempre.

2 - Ô, Rayol, tem importância entender não. Foi só sentimento, sem "razão".

3 - Marcos, falo da Vilma Bianchi, você conheceu? Trabalhamos 4 anos juntas na saudosa Brasileiríssima, criada e coordenada pelo genial Claudinê Albertini. Olha o time que ele montou: Fernando Brant era o Diretor Artístico, Gonzaguinha e Hildebrando os geniais assessores. A equipe tinha ainda o Cadinho (Ricardo Faria), o Toninho Camargos, o Edson Aquino, a Vilma, o Kiko Ferreira, o Tutty Maravilha, o Marilton Borges, e mais uma pancada de gente boa, todos na produção de entrevistas geniais e no comando de programas que fizeram história. Eu, o maluco pôs na chefia da Divisão de Produção Artística. E a rádio tinha um jornalismo imparcial e porreta, comandado pela Mary Zaidan, que mais tarde foi pra São Paulo coordenar a assessoria do Mário Covas. Foi a única rádio FM do país a cobrir integralmente as "Diretas Já" ao vivo, sabia? Bons tempos.

4 - RM, meu querido. O Verbo está sempre de portas abertas e defende a não censura, sempre. Mas o espaço é para bate papo e conversas democráticas de alto nível, não de fofocas.

Anônimo disse...

Ei dona do Verbo,

Claro que não vou insisitir, gosto muito e desejo preservar minha dentição, apesar do excesso de tabaco... rsrs

Mas é porque acho que esse é um tema quentíssimo e penso que os blogueiros, ao menos os intelectualmente mais bem-equipados, deveriam debatê-lo; categoria na qual incluo suas excelências Luciana e Rayol.

Estamos prestes a criar no Brasil uma "rede" de televisão pública ou governamental, a depender, entre outros aspectos, do tratamento que se dê à questão da censura (e auto-censura) e liberdade de informação. Um pouco a ver com aquela experiência de rádio pública da qual participou e que acompanhei como feliz ouvinte. Duvido que pressões políticas, que certamente existiram, tenham chegado à ponta daquele time realmente de primeira e do qual a senhora fez parte.

Ora, o blog é das mais democráticas formas de expressão já criadas desde a invenção de Gutemberg, ao menos do ponto de vista do "acesso" à mídia. Qualquer coió cria um blog em poucos minutos e, dependendo de seu "talento", atinge logo o seu micropúblico, que pode crescer... Também, felizmente, está da mesma forma aberto a quem tem o que dizer.

E, creio, rapidinho chega a questão da censura e da auto-censura. Até onde se deve permitir a participação do comentarista (aí atuando como público), quais são os limites, o que os define? O mesmo vale para a chamada auto-censura.

Veja esse caso do Rayol. Se estivesse no lugar dele faria exatamente o que fez, por que arriscar tomar um processo por "discriminação racial" (entre mil aspas) a troco de uma mera brincadeira. Mas repare no seguinte detalhe: o "debate" acontece entre dois comentaristas, hipoteticamente reais (rsrsrs), não fazendo parte dele o blogueiro, que nesse caso cumpre papel de editor. É como se um editor pudesse ser responsabilizado pelo que disse um personagem de uma obra de ficcção que tenha publicado. Muito doido...

Agora, tá divertido o tal debate... cê deu uma passadinha lá?

Marcos Rocha disse...

Oi, Luciana:

Sim, eu a conheci, não com a intimidade que você tinham, mas como profissional do mercado publicitário. Gravei muitos spots e áudios de comerciais com ela, para clientes das agências onde trabalhei. Realmente, era uma das vozes mais maravilhosas do Brasil. Eu a colocaria, num ranking, ao lado da Íris Lettieri.
Estou chocado com a notícia da sua morte, porque ela era relativamente nova. Ficou muito abaixo da média nacional de longevidade das mulheres brasileiras, isso é sacanagem. A menos que fosse morte por acidente, a gente deveria ter o direito de ficar pelo menos na média (se possível 10 anos acima, para contrabalançar os mortes em acidentes, que geralmente ceifa os mais jovens). Fiquei triste com esta notícia.

Com relação à Brasileiríssima, sugiro você escreva um post contando um pouco daquela experiência maravilhosa. Não sabia que você havia participado. Eu era fã de ouvir todos os dias. O Fernando Brant é um grande amigo, da mesma forma como o Hildebrando. Tive uma grande amiga, a Márcia Gerken, de quem a vida me separou por razões diversas, que trabalhou com vocês lá.
Fico feliz em saber que você fez parte daquela brilhante equipe. Mais alguns pontos (aliás, vários) você cresce no meu conceito.

MR
4/11 - 20:10

Anônimo disse...

EI!

1- RM, fui lá, demorei pra achar e confesso que entendi pouco... De qualquer forma, eu também já fui editada lá no Jus Indignatus, ele trocou um "negão" por um "afro-descendente". Morri de rir. Inda faço um post sobre essa mania do "politicamente correto". rs rs

2 - MR, pois é, Vilma tinha 63 anos, estava inteirona, bonita como sempre. Teve um infarto fulminante. Todos ficamos chocados.
Ei, a Márcia Gerken está de volta, está trabalhando com o Claudinê, aqui em BH, sabia?

Beijos

Marcos Rocha disse...

Oi, Luciana:
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BEM-VINDO AO OUTRAS MÍDIAS!!

Essa seção do Verbo Feminino é uma homenagem a MR e a RM.
Para voltar ao Verbo, clique
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Se o MR homenageado for locutor que vos fala e o escrevinhador que rabisca estas mal traçadas (suponho que sim), devo dizer que fiquei emocionado em ser alvo desta homenagem no OUTRAS MÍDIAS, ao lado do RM. Obrigado, de coração.

Dei uma circulada geral por lá e gostei muito desses trabalhos experimentais e, sobretudo, da proposta do novo blog, de ser uma
espécie de galeria dessas novas mídias.

Passarei a freqüentá-lo também, embora ache que não tenho muita contribuição a dar por não estar tão plugado como você nessa intermidialidade.

Abração do

MR
4/11 - 23:25

PS: Quanto à minha amiga e comadre Márcia Gerken (ela é madrinha do meu filho mais novo), o momento certo para esse contato ainda não é agora. O tempo ajuda a cicatrizar feridas. E algumas talvez ainda estejam abertas, mais da parte dela do que da minha.

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado